Os municípios produtores de petróleo e gás recebem nesta quinta-feira (13) a participação especial (PE) sobre a produção do primeiro trimestre de 2021. Para Campos serão depositados R$ 21.032.430,64, valor 206,6% superior ao repassado em fevereiro (R$ 6.860.210), quando foi paga a PE do quarto trimestre do ano passado. Em comparação com maio de 2020, quando o município recebeu R$ 1.113.665, o repasse é 1.788,6% maior.
O município de São João da Barra, que não recebia PE desde
maio do ano passado, terá R$ 4.160.504,05 depositados nesta quinta-feira.
O repasse para Quissamã será de R$ 2.468.448,85, enquanto em
fevereiro o município recebeu R$
1.374.016 (+ 79,7%). Em maio de 2020, foram depositados para a
Prefeitura R$ 2.160.386, o que representa uma alta de 14,3%.
Entre os municípios produtores da região, Macaé e Carapebus
não receberão participação especial neste mês.
— Valores positivos, resultantes de uma média de preços do
petróleo acima dos US$ 56 a partir de fevereiro, alcançando US$ 70 no início de
março e se mantendo acima dos US$ 60 até hoje. Ano passado, tivemos muitas
paradas para manutenção em plataformas petrolíferas dos campos de alta
produtividade e pagadores de PE na Bacia de Campos, alguns problemas em poços
produtores, principalmente no Campo de Roncador, que é o campo que propicia a Participação
Especial de São João da Barra. Temos boas expectativas para novos poços
produtores neste campo com a entrada da participação da norueguesa Equinor e
também com o preço da commodity em vista ao aumento da campanha de vacinação
contra a Covid-19 no mundo e sinalizando com uma normalidade da demanda. Lógico
que não se compara com os valores gerados pelos campos do pré-sal da Bacia de
Santos. Mas temos pré-sal aqui na Bacia de Campos e precisamos lutar pela
desburocratização do setor para novas petrolíferas, já que a Petrobras, no
decorrer dos últimos anos, teve inúmeras mudanças em seu plano de investimentos
e hoje foca em P&D de altíssima produtividade. Venho acompanhando com
perspectiva de bons resultados a CPI dos Royalties e Participação Especial na
Alerj com ótimos esclarecimentos e pontuações dos integrantes e convidados.
Ainda estamos em estado de guerra e vamos manter o modo sobrevivência quanto
aos gastos públicos e foco na vacina. Sem vacina não temos como projetar muito
à frente, e contar com valores expressivos para os próximos repasses de
participação especial é uma irresponsabilidade administrativa dos gestores da
nossa região — analisou o consultor de Petróleo, Gás e Tecnologia Wellington
Abreu.
FONTE:FOLHA 1
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