Waldir Pereira é, inegavelmente, o maior nome da história do
futebol campista, um dos maiores expoentes do esporte bretão no Brasil.
Completa-se nesta quarta-feira (12) a segunda década do seu falecimento,
deixando um legado do qual fazem parte dois títulos mundiais pela Seleção
Brasileira, em 1958 e 1962, e tantas outras conquistas com as camisas de clubes
que defendeu.
— Didi está no Hall da Fama da Fifa, que tem pouquíssimos
jogadores, é uma lista altamente seletiva. O jornalista Chico de Aguiar acha
que ele deveria ter estátua em Campos. Eu acho que se tivesse um busto e
constantes reverências, já estava de bom tamanho. Mas, infelizmente, é um
absurdo a falta de reconhecimento a nível nacional, e Campos faz pior ao não
valorizar este grande personagem — disse o jornalista Péris Ribeiro, autor do
livro “Didi, o gênio da Folha Seca”.
Com passagens na juventude pelo São Cristóvão de Campos,
Industrial, Goytacaz, Americano e Rio Branco, neste também pela equipe
principal, em início de carreira, Didi marcou época no Fluminense e no
Botafogo. Também defendeu o Lençoense/Bariri, Madureira, Real Madrid (ESP),
Sporting Cristal (PER), Veracruz (MEX) e São Paulo, antes de virar treinador.
Pela Seleção Brasileira, foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1958.
E na Seleção Carioca de Novos, fez o primeiro gol da história do Maracanã. Ele
faleceu em 12 de maio de 2001, aos 72 anos, no Rio de Janeiro.
— Didi ainda é, e será por muitos anos, o maior ícone da
história do Rio Branco. Tive o prazer de conhecer esse ídolo mundial, que
sempre estará em nossas lembranças. Gratidão eterna — comentou o
vice-presidente geral do Rio Branco, o radialista Arnaldo Garcia, autor da
coluna “Vibração da Galera” na Folha da Manhã.
Em 2000, Didi foi o primeiro homenageado pela Folha com a
entrega do Troféu Folha Seca, que leva este nome inclusive em alusão ao seu
celebre chute. Na época, o prêmio foi entregue pela cantora Elza Soares, que
foi esposa de Garrincha, grande companheiro de Didi no Botafogo e na Seleção. O
Troféu Folha Seca, desde então entregue anualmente — com exceção de 2020,
devido à pandemia —, homenageia campistas de destaque nacional e/ou
internacional nas suas áreas de atuação.
FONTE:FOLHA 1
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