Treinador deixa o clube após 21 jogos e na penúltima posição do Brasileirão
Felipão na derrota do Grêmio para o Santos pelo Brasileirão — Foto: Lucas Uebel/DVG/Grêmio
Luiz Felipe Scolari não é mais técnico do Grêmio. O ídolo tricolor não resistiu à derrota para o Santos neste domingo, na Vila Belmiro, que manteve o time na zona de rebaixamento do Brasileirão, e deixou o clube em "comum acordo". O anúncio foi feito na madrugada desta segunda-feira.
A decisão
foi tomada após reunião em São Paulo. O treinador vem de uma sequência de
quatro jogos sem vitória (derrotas para Athletico, Sport e Santos e empate com
o Cuiabá) e enfrentava um ambiente de pressão interna e externa. Horas antes,
ainda em Santos, o presidente Romildo Bolzan Jr. foi questionado sobre o futuro
do treinador e não bancou sua manutenção no cargo.
Junto com
Felipão deixam o Grêmio os auxiliares Carlos Pracidelli e Paulo Turra e o
preparador físico Anselmo Sbragia. O time será comandado interinamente pelo
auxiliar Thiago Gomes na próxima quarta-feira, contra o Fortaleza.
A quarta
passagem do técnico pelo clube do coração foi iniciada em 7 de julho, quando
foi contratado no lugar de Tiago Nunes e assinou vínculo até o fim de 2022.
Apesar dos números razoáveis, as fracas atuações e o risco cada vez maior de
rebaixamento deixaram a pressão insustentável.
Felipão
estreou no empate em 0 a 0 no Gre-Nal 433. Ao todo, comandou o time por 21
partidas. Foram nove vitórias, três empates e nove derrotas, com 47,6% de
aproveitamento. O time marcou 22 gols e sofreu 23 no período.
Na "Era
Felipão”, algumas situações ficaram marcadas. Rafinha acabou fixado na lateral
esquerda. Gabriel Chapecó chegou a desbancar Brenno, mas a hierarquia foi
alterada contra Cuiabá e Santos.
Alisson,
apesar da contestação que sofre por parte da torcida, seguiu com prestígio,
assim como Douglas Costa, principal contratação da temporada, mas que não
mostrou o esperado até o momento. Campaz, reforço contrato por R$ 21 milhões,
recebeu poucas oportunidades.
Felipão pelo Grêmio
21 jogos
9 vitórias
3 empates
9 derrotas
22 gols pró
23 gols
contra
47,6% de
aproveitamento
A queda do
comandante do pentacampeonato pela Seleção em 2002 ocorre dias após Scolari
alcançar mais um feito pelo Tricolor. No empate com o Cuiabá, o profissional
superou Oswaldo Rolla, o Foguinho, ao completar 384 jogos à frente do time e
virar o segundo técnico com mais partidas pelo Grêmio. O primeiro é Renato
Portaluppi, com 411.
Felipão foi
o terceiro treinador do Grêmio na temporada. Antes, o clube teve Renato Gaúcho
e Tiago Nunes, sem contar os interinos. Agora a direção procura um substituto
ao ídolo para liderar o time no restante do Brasileirão e tentar manter a
equipe na elite nacional em 2022.
Confira a
nota oficial do Grêmio:
"O
Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense informa que, após reunião esta noite, chegou a
um comum acordo com o técnico Luiz Felipe Scolari para o encerramento do
vínculo. Felipão deixa o Grêmio com os auxiliares Carlos Pracidelli e Paulo
Turra e o preparador físico Anselmo Sbragia.
Nesta quarta
passagem pelo Tricolor, o técnico bicampeão da América tornou-se o segundo
treinador com mais jogos à frente do Grêmio, completando 385 jogos na casamata.
No último mês, perpetuou-se na história gremista ao marcar seu nome na Calçada
da Fama.
O Clube
agradece o comprometimento e respeito do técnico e sua equipe com a instituição
durante o período de trabalho. Ao mesmo tempo, Luiz Felipe deixa registrado o
seu agradecimento ao Grêmio: “E continuarei sendo gremista, como sempre fui e
sempre serei”.
FONTE:
REDAÇÃO DO GE
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