Texto garante o investimento de R$ 2,79 bilhões ao setor audiovisual e R$ 1,06 bilhão para outros projetos culturais
A Câmara dos
Deputados aprovou nesta quinta-feira um projeto que destina R$ 3,8 bilhões ao
setor cultural até o fim de 2022. Batizada de “Lei Paulo Gustavo”, em homenagem
ao humorista, morto em 2021 pela Coivid-19, o texto garante o investimento de
R$ 2,79 bilhões ao setor audiovisual e R$ 1,06 bilhão para outros projetos
culturais. Como houve modificações, a proposta retorna ao Senado, onde foi
iniciada a tramitação.
Logo depois,
os parlamentares também aprovaram a Lei Aldir Blanc, que cria uma política
permanente para o setor. Nesta segunda iniciativa, a União será responsável
pelo investimento anual de R$ 3 bilhões. Os recursos serão destinados a partir
de 2023. A partir de 2024, haverá variação equivalente à oscilação do Produto
Interno Bruto (PIB). Agora, esse texto segue ao Senado.
Os recursos
da Lei Paulo Gustavo sairão dos cofres da União e serão direcionados aos
estados e municípios para socorrer as atividades relacionadas à cultura.
— Essa lei é
necessária para o País. Ela tem fonte. Não é recurso novo. São recursos que
estão parados no Ministério da Economia, recursos do audiovisual e do Fundo
Nacional de Cultura. Não estamos tirando dinheiro de nada, apenas
redirecionando aqueles recursos que já estão previstos no Orçamento Geral da
União — discursou o relator da proposta, José Guimarães (PT-CE).
O texto
autoriza o uso do superávit financeiro de receitas vinculadas ao Fundo Nacional
de Cultura.
Em relação
ao texto do Senado, houve duas alterações. Foi excluído trecho que incluía
estímulo à participação pessoas do segmento LGBTQIA+. Também foi acolhida
sugestão da deputada Bia Kicis (PSL-DF), para que o governo possa ter a
prerrogativa de selecionar editais para a destinação da verba emergencial.
Para
incentivar o setor, o projeto prevê que órgãos de cultura de estados e
municípios promovam exibições on-line ou públicas, com distribuição gratuita de
ingressos. Serão beneficiados alunos e professores de escolas e universidades,
além de profissionais de saúde e grupos ligados a associações culturais.
Relator da
Lei Aldir Blanc, o deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) listou 15 grupos de
atividades culturais que serão contemplados por editais, chamadas, prêmios,
compra de bens e serviços e cursos.
Em plenário,
o projeto foi votado de forma simbólica. A legislação foi chamada pelos
parlamentares de “Lei Aldir Blanc 2”, já que o texto aperfeiçoa outra
legislação de mesmo nome que tratava das política para o setor.
— A Lei
Aldir Blanc funcionará como um FUNDEB da cultura. Uma lei que terá um caráter
perene, um caráter de Lei de Estado, que irrigará o Sistema Nacional de
Cultura, que levará a diversidade, a descentralização, como funcionou a Lei
Aldir Blanc 1, com muito mais densidade, com muito mais consistência — discurso
Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
FONTE:PORTAL
VIU
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